Oficinas

O Festival Brasileiro de Teatro Toni Cunha divulga as oficinas abertas ao público durante o período do mesmo.

Os interessados em participar das oficinas devem enviar um e-mail para teatromunicipal.itajai@gmail.com No assunto do e-mail devem colocar o nome daquela que deseja participar. No corpo do e-mail deve colocar seu nome completo, RG e telefone para contato.

Oficina de confecção e manipulação de bonecos articulados
Dias 01, 02 e 03 de setembro, 09h
na Casa da Cultura Dide Brandão

Ministrante
Teatro Didático da UNESP & Teatro de Brancaleone

O Teatro de Formas Animadas, seja qual for a sua especificidade, vive uma intersecção do teatro com as artes plásticas, nesse momento tratado especificamente como processo de produção por meio do uso de materiais diversos. Tomando o boneco como referência, que também é máscara e simultaneamente objeto, é a obra de um artesão ou de um artista plástico, que é animado, ou melhor, imbuído de anima por um ator manipulador ou um mestre. O trabalho de confecção de bonecos, independentemente da técnica, demanda, tempo e materiais diversos, além de um significativo conhecimento da carpintaria de construção de estruturas e articulações. E, na ausência de tais conhecimentos e materiais, como proceder? O teatro de animação é antes de tudo a manipulação. Entretanto, é necessário algo para manipular. Como gerir um universo de possibilidades expressivas tão amplo, dada a precariedade de espaço de trabalho, material e entendimento do assunto? Tais questionamentos nos levou a refletir sobre meios de superar tais dificuldades, não somente materiais, mas principalmente de entendimento, para que o teatro de animação pudesse se tornar uma experiência significativa.

Inspirado pelo trabalho de Tadeusz Kantor (Polônia 1915-1990), pensando acerca da ideia da realitè du rang plus bas (realidade de classe mais baixa), que diz sobre a utilização da matéria bruta, descartada pela civilização e endereçada às latas de lixo, e que são elevadas à categoria de obra de arte, decorreu a ideia de trabalharmos com jornal, barbante e fita adesiva para a confecção de marionetes. Essas marionetes, entretanto, deveriam ser gestadas na sutileza das múltiplas articulações que possibilitariam aos atores-manipuladores uma experiência expressiva muito significativa. Essa experiência consistia em retirar de um material simplório o máximo de expressividade e, ao modo dos princípios do teatro kantoriano, imbuí-los de potência poética. O boneco articulado, inspirado no Bunraku japonês, exige a presença de três manipuladores para que o boneco, feito de papel amassado e unido por fita adesiva e barbante, ganhe existência poética. Essa existência só é possível por meio de acordos e estratégias entre os manipuladores.

Essa experiência vem sendo desenvolvida e aprimorada pelo elenco do Teatro Didático da Unesp, e tornou-se a nossa principal forma de expressão artística. Essa técnica pode ser observada nos espetáculos encenados pelo grupo, sobretudo na encenação de O Rio. Assim, a oficina, como já vem sendo realizada pelo grupo em outras ocasiões, propõe o compartilhamento do processo com todos os interessados em se expressar por meio do inanimado.

Conteúdo programático
•Pequena história sobre o Teatro de Bonecos.
•Confecção do boneco de jornal, barbante e fita crepe.
•Jogos de improvisação e conhecimento corporal do ator-manipulador.
•Técnicas de manipulação de boneco articulado.
•Criação e apresentação de pequenas cenas

Público-alvo
Professores da rede pública e privada, assim como interessados em aprender a confeccionar bonecos articulados de baixo custo e a ter uma iniciação à manipulação.

Duração
12 horas (com 4 horas cada dia)

Número de Participantes
20 alunos


Oficina de Produção e Gestão de Grupos Teatrais
Dias 04 e 05 de setembro, 09h
na Casa da Cultura Dide Brandão

Ministrante
Rogério Mesquitta – Grupo Bagaceira

A oficina “Produção e Gestão de Grupos Teatrais” tem o objetivo de transmitir informações e conhecimentos fundamentais à realização de projetos e à gestão de carreiras de artistas, grupos e entidades culturais. Visa provocar reflexões sobre os processos de produção e gestão e contribuir para a racionalização de procedimentos, em busca de resultados mais efetivos e maior qualidade nas ações desenvolvidas na área. O facilitador da oficina “Produção e Gestão de Grupos Teatrais” também tem como escopo proporcionar melhor compreensão do papel e das funções dos produtores e gestores no cotidiano de um grupo teatral; analisar criticamente a atuação desses profissionais; possibilitar contato do aluno com a linguagem da produção e da gestão cultural; abordar as relações dos produtores e gestores de grupos, o Poder Público, os realizadores de Festivais teatrais, os Programadores culturais, a iniciativa privada e o público; abordar as diversas fases de um projeto cultural (pré-produção, produção e pós-produção), as ações correspondentes a cada etapa e a aplicação de ferramentas da administração à gestão de grupos, além de refletir sobre a manutenção e a sustentabilidade de grupos.

Público-alvo
Atores, diretores teatrais, produtores culturais em geral, integrantes de grupos, estudantes e demais interessados.

Duração
08 horas (com 4 horas cada dia)

Número de Participantes
20 alunos

Que é Rogério Mesquita
Com formação em História pela Universidade Estadual do Ceará, Rogério Mesquita é ator e produtor. Estreou no teatro em 1997, atuando na peça AS NOVAS AVENTURAS DE PEDRO MALASARTES, com direção de Walden Luís. Fez o curso Princípios Básicos de Teatro e atuou em PAÍS DO LADO DA FELICIDADE, com direção de Paulo Ess. Foi um dos fundadores do Grupo Bagaceira de Teatro (2000), atuando e produzindo os espetáculos PAPOULA E O SABONETE CABELUDO (2000), de Yuri Yamamoto; OS BRINQUEDOS NO REINO DA GRAMÁTICA (2002), de Fernando Lira; Ano 4 DC (2003); LESADOS, de Rafael Martins; ENGODO (2004); O REALEJO (2005), de Rafael Martins; MEIRE LOVE (2006), de Suzy Elida; PORNOGRAFICOS (2007), de Yuri Yamamoto; TÁ NAMORANDO! TÁ NAMORANDO!, de Yuri Yamamoto; INCERTO (2010), de Rafael Martins; e POR QUE A GENTE NÃO É ASSIM? OU POR QUE A GENTE É ASSADO?, de Rafael Martins. Em 2007, foi jurado do FETEAG – Festival estudantil do Agreste, em Caruaru –PE. Em 2008, fez a curadoria do II For Rainbow – Festival de Cinema da Diversidade. Entre 2003 e 2007, organizou o site TeatroCE, através do qual resgatou a memória do teatro cearense. Para o teatro escreveu os textos PAPOULA (2000), ESTRANHOS (2003), O BANCO (2004), 10:40:50 (2005) e CONFISSÕES ENTRE PAREDES (2007), que já tiveram montagens no Ceará, Pernambuco e Alagoas.

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